Segundo dados do Instituto das Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, nos EUA, o dia mais quente já registrado no planeta Terra foi 3° feira, 4 de julho de 2023. A temperatura média global atingiu 17,18°C.
O recorde anterior era de segunda-feira (3), quando os termômetros marcaram média de 17,01°C. Antes, a temperatura mais elevada no conjunto do planeta tinha sido de 16,92°C, em agosto de 2016.
O hemisfério Norte tem sofrido com as altas temperaturas. A China vive uma prolongada onda de calor acima dos 35°C. No norte da África, a situação é mais extrema: os termômetros chegam próximos aos 50°C. Até a Antártida, que está no inverno, bateu recorde de calor para o mês, com 8,7°C.
Pelo Twitter, o cientista Robert Rohde, da Universidade da Califórnia, afirmou que as principais causas do calor são as mudanças climáticas combinadas com o efeito do El Niño. Também alertou para temperaturas ainda mais altas nas próximas semanas.
O El Ninõ é registrado quando as águas do Oceano Pacífico estão mais quentes do que o normal. A diferença na temperatura da superfície dos oceanos com a atmosfera faz com que os chamados ventos alísios (que sopram de leste a oeste) percam força e velocidade.
A soma desses fatores (ventos mais fracos e temperaturas mais altas que das águas) acarretam mudanças no transporte de umidade de uma região para outra do globo terrestre. Com isso, a distribuição de chuvas em regiões tropicais muda e diferentes regiões passam a registrar temperaturas mais altas ou mais baixas.
No Brasil, o fenômeno deve fazer com que o país experimente uma estação mais chuvosa que o normal no Sul e Sudeste e mais seca em toda a metade Norte.