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Alta abstenção de idoso e baixa de jovem ameaçam Bolsonaro

Faixa etária acima de 60 anos é a única em que o presidente aparece numericamente à frente; jovens dão vantagem a Lula

Alta abstenção de idoso e baixa de jovem ameaçam Bolsonaro
Senado Federal
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O recorde de 2 milhões de jovens eleitores que tiraram o título neste ano, anunciado na 5ª feira (5.mai.2022) pelo TSE, tende a ajudar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.

O grupo etário de 16 a 24 anos é o que deu ao petista a maior vantagem na última pesquisa PoderData: 19 pontos a mais que o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os novatos com voto facultativo (16 e 17 anos) costumam comparecer mais às urnas do que a média. Do outro lado, o grupo de idosos, no qual Bolsonaro se sai melhor, é o que mais se abstém.

O único grupo etário que dá vantagem numérica a Bolsonaro nas pesquisas é o de pessoas acima de 60 anos. O presidente marca 35% das intenções de voto contra 31% de Lula (um empate no limite da margem de erro).

Parte deles tem voto facultativo (os que têm mais de 70 anos). Os septuagenários faltam com frequência no dia da votação: a taxa de abstenção desse grupo (8% do eleitorado em 2018) foi de altíssimos 62,6% em 2018.

Ao se considerar todo o grupo acima de 60 anos, a abstenção foi de 36,3%, a mais alta entre as faixas etárias. A abstenção no grupo de jovens, aquele em que Lula tem hoje a mais ampla vantagem, foi de 19,4% em 2018.

O TSE ainda não terminou de contabilizar o eleitorado, mas, com o recorde de inscrições deste ano, a faixa etária de 16 a 24 anos será reforçada na inscrição eleitoral.

A abstenção pode transformar uma aparente vantagem entre os eleitores idosos em uma desvantagem no cômputo geral. As eleições de 2018 tinham mais idosos cadastrados para votar do que jovens (27,7 milhões contra 22 milhões). Só que um contingente inferior do grupo mais velho compareceu às urnas (17,6 milhões) do que o da faixa etária até 24 anos (17,9 milhões).

O grupo de 45 a 59 anos é, neste momento, o maior ativo de Lula. Tem peso no eleitorado (representavam 27% dos eleitores em 2020) e historicamente possuem a menor abstenção. Em 2018, apenas 13,2% faltaram às urnas. Nesse grupo, Lula está 12 pontos percentuais à frente de Bolsonaro.

FONTE/CRÉDITOS: Poder360
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