Mesmo com a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, o preço da gasolina e do diesel baixaram menos do que o esperado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) até o momento.
Nas duas últimas semanas, o preço médio do diesel comum registrou queda de apenas R$ 0,05, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis). A previsão do Ministério de Minas e Energia era de que o combustível caísse R$ 0,13.
Apesar de a gasolina comum ter registrado o menor preço do ano, a queda também ficou aquém do esperado pelo governo. A previsão era de que a redução fosse de R$ 1,55. Até a semana encerrada no último sábado (9), a queda real foi de R$ 0,90.
O único combustível que bateu a meta estabelecida pela pasta foi o etanol, que baixou de R$ 4,87 a R$ 4,52 (-R$ 0,35). A expectativa era que descesse R$ 0,31.
Há três semanas, o presidente Bolsonaro sancionou projeto que fixa teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Governadores preveem uma crise fiscal em 2023 com a redução das alíquotas.
A crise no preço dos combustíveis é um ponto de pressão no governo de Bolsonaro, tanto pela rejeição popular que o problema causa quanto por tensões internas. O momento também ocorre em ano eleitoral, no qual ele irá pleitear a reeleição.
O chefe do Executivo atribui a culpa da elevação, principalmente, à Petrobras e aos governadores estaduais. Governadores, no entanto, culpam Bolsonaro pelo aumento dos preços e lembram que, no fim de 2021, congelaram o ICMS, e os preços dos combustíveis continuaram subindo mesmo assim.
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