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Casos de dengue aumentam e deixam região oeste em alerta

Proprietários de terrenos sujos ou com focos do Aedes aegypti serão autuados imediatamente

Casos de dengue aumentam e deixam região oeste em alerta
oparana
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Com a chegada das temperaturas mais quentes e a incidência das famosas “chuvas de verão”, o aumento de insetos e do mato acaba sendo proporcional, assim como a preocupação da doença que eles trazem. Com a circulação de mais mosquito, principalmente o Aedes aegypti, existem mais criadouros e consequentemente, de casos de dengue. O setor de Saúde acendeu um alerta para os casos da doença, que vem apresentando um aumento considerável.

Na quinta-feira (18), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Cascavel divulgou o boletim atualizado que apresentou um dado preocupante. Da semana passada para essa, o aumento foi de 70% do número de casos, passando de 25 para 43 confirmados. Além disso, existem outros 572 que estão em investigação com moradores com sintomas da doença. Outra preocupação é que os casos estão espalhados em 25 bairros diferentes, sendo a maior quantidade no Periolo, com cinco casos e na sequência, com 3 casos, os bairros Canadá, Cascavel Velho e Cataratas.

O aumento ocorre uma semana depois de ser divulgado o resultado do 1º Liraa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral de Aedes Aegypti) do ano, que apontou 2,5% de índice de infestação na cidade, risco médio para a doença, bem acima do 1% preconizado pelo Ministério da Saúde. Para a diretora de Vigilância em Saúde, Rozane Campiol, os dados apontam que é preciso manter a atenção em relação aos cuidados contra dengue, visto que 47% dos focos encontrados foram dentro da residência.

Ela lembrou que é necessário que os moradores façam a vistoria semanal, observando o bebedouro dos animais, pratos de vasos de planta, pequenos objetos que acumulam água dentro do quintal das casas. “Precisamos que o morador verifique e elimine esses potenciais criadouros. Se esse cuidado for realizado, se essa ação for realizada, eu tenho certeza que a gente consegue controlar o mosquito”, reforçou.

Desde o início desta semana, os agentes de endemias estão intensificando as ações nos bairros com índices mais altos de dengue, apontado pelo Liraa. Em algumas localidades, o índice chegou a 6,2% na região dos bairros Esmeralda, Siena, Santos Dumont, Aeroporto, entre outros e a 4,4% nos bairros da Região Oeste da cidade como Palmeiras, Alto Alegre, Santo Onofre, Santa Cruz, Paulo Godoy e Angra dos Reis.

As ações já foram realizadas no Bairro Guarujá e Quebec e nesta sexta-feira (19) estarão concentradas no Bairro Santa Cruz. Os agentes de endemias estão trabalhando na conscientização, orientação e na eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Febre Chikungunya. Na próxima semana, a mesma ação ocorre na terça-feira (23) no Bairro Cancelli e na sexta-feira (25) no Bairro Claudete.

Toledo

Em Toledo, os membros do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus estarão reunidos nesta sexta-feira (19) para divulgar os dados atualizados da doença na cidade, mas a expectativa é que também haja um aumento considerável no número de casos, visto que o primeiro Liraa do ano fechou em 3,4%. Em alguns bairros, o índice foi ainda bem maior – Jardim da Mata (15%), Rossoni II (14,28%), Gisela I (13,33%), Tancredo I (10,34%) e Porto Alegre I (10,25%).

De acordo com Lilian Konig, coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, durante a reunião eles vão fechar os dados e traçar ações de combate visto que os agentes estão encontrando uma grande quantidade de larvas dentro das casas, principalmente nos ralos e em caixas de gordura, locais que acabam sendo esquecidos pelos moradores. Em Toledo, o boletim é fechado mensalmente e atualmente existem 40 casos confirmados.

Foz do Iguaçu

Na fronteira, a Prefeitura de Foz do Iguaçu está mobilizada para uma nova força-tarefa contra a dengue e, além dos mutirões, da adoção de novas tecnologias e das campanhas educativas, a fiscalização é uma das importantes estratégias para conter a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Proprietários de terrenos sujos ou com focos do Aedes aegypti serão autuados imediatamente, ou seja, sem a notificação prévia, com valores de multa que variam de R$ 3,3 mil a R$ 11,1 mil.

O endurecimento na aplicação da multa está previsto no decreto N°31.838/2023, que classifica o Município em “Estado de Atenção” para risco de epidemia para dengue, chikungunya e zika, arboviroses com o mesmo vetor de transmissão: o mosquito Aedes aegypti. A normativa também permite o chamado ‘ingresso forçado’ em imóveis abandonados ou na recusa da pessoa para permissão da entrada do agente público no local.

De acordo com o decreto, em vigência desde outubro do ano passado, todos os proprietários de imóveis ou responsáveis são notificados a cumprir as determinações do Código de Posturas, ou seja, realizar a limpeza e manter asseados os quintais, terrenos e edificações, retirando todo mato, lixo e material que acumule água e possibilite a criação do mosquito Aedes aegypti, outros insetos e aracnídeos.

A definição do valor varia conforme a gravidade das condições do imóvel em relação à acúmulo de lixo, água parada e focos de criadouro do mosquito. Casos reincidentes são multados com o dobro do valor da primeira autuação. Desde o início do novo ano epidemiológico da dengue, em agosto de 2023, foram registradas 5.248 notificações e 158 casos confirmados da doença.

FONTE/CRÉDITOS: oparana
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