Chuvas acima da média histórica são esperadas para o Oeste do Paraná em novembro. Segundo o meteorologista do Sistema de Meteorologia do Paraná (Simepar) Samuel Braun, o El Ninõ, que atua sobre o oceano pacífico, irá fazer com que as áreas de instabilidade se desenvolvam com facilidade em boa parte do Estado.
Ainda de acordo com o meteorologista, a intensidade do fenômeno é moderada e influencia na circulação atmosférica de modo global. Essa ação gera o transporte de calor e umidade da Amazônia até o Sul do Brasil.
Desse modo, os sistemas frontais e de baixa pressão se desenvolvem com facilidade e provocam as chuvas, principalmente na metade sul do Paraná, nos setores oeste, sudoeste, centro-sul, campos gerais, litoral e Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Enquanto no norte e noroeste, a precipitação acumulada deve ficar próxima ou acima da média, mas os valores não devem ser tão expressivos em relação aos valores históricos. Em relação às temperaturas, as duas regiões devem ter temperaturas acima da média e, nas outras áreas, os valores se aproximam da média.
Chuvas excessivas em outubro
Em outubro, chuvas excessivas atingiram boa parte do Paraná e causaram estragos em diversos municípios. Em alguns locais, o acumulado ultrapassou os 500 milímetros.
Os fatores que contribuíram para as chuvas foram a combinação de avanços de sistemas frontais, sistemas de baixa pressão e ingresso de calor e umidade da Amazônia. Essas condições favoreceram a formação de áreas e linhas de instabilidade que provocaram os temporais.
As regiões mais afetadas foram o sudoeste, o centro-sul, os campos gerais e a RMC. Em algumas cidades, como Curitiba, Pato Branco, Francisco Beltrão e União da Vitória, outubro foi o mês mais chuvoso dos últimos 15 anos, quando o Simepar começou as medições.
Os estragos causados foram diversos. Em áreas urbanas, houve alagamentos, destelhamentos de imóveis e a queda de árvores. Nas áreas rurais, as chuvas provocaram inundações em plantações e prejuízos para a infraestrutura.
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