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Deputados pedem que equipe de transição de Lula barre novos pedágios no Paraná

Frente parlamentar defende que futuro governo revise modelo de concessão proposto pelo governo Bolsonaro

Deputados pedem que equipe de transição de Lula barre novos pedágios no Paraná
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Coordenador da Frente Parlamentar do Pedágio na Assembleia Legislativa, o deputado Arilson Chiorato (PR) se reuniu nesta quinta-feira (17), em Brasília com a equipe de transição do governo Lula, para pedir a suspensão das novas concessões de rodovias no Paraná. A frente considera que com a eleição de Lula, o modelo proposto pelo governo Bolsonaro tem que ser revisto.

O Tribunal de Contas da União (TCU) liberou, há cerca de 15 dias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a lançar os editais de licitação dos lotes 1 e 2, mas cobrou correções na proposta, e apontou o risco de que as tarifas fiquem ainda mais caras que as das antigas concessões que se encerraram em 2021. Mesmo assim, a ANTT segue com a intenção de lançar os editais ainda este ano.

Chiorato se reuniu com o coordenador da equipe de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e com a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann. De manhã, a reunião foi na ANTT. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Chiorato e o professor Luiz Antônio Fayet, um dos coordenadores do estudo sobre o pedágio feito pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foram recebidos por Maurício Muniz, que integra o grupo de Infraestrutura do governo de transição e ex-secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ex-ministro da Secretaria Nacional dos Portos.

“Com certeza, o pedágio no Paraná será rediscutido e um novo modelo, mais justo, deverá ser debatido com toda a sociedade. Nossa proposta é de um pedágio de manutenção nas praças já instaladas, e com serviço de qualidade nas rodovias”, avalia o deputado.

Tarifas

O modelo proposto pelo governo Bolsonaro e avalizado pelo governo Ratinho Jr prevê a concessão de mais de 3 mil quilômetros de rodovias, divididos em seis lotes. Ele prevê disputa pela menor tarifa, contando com um aporte financeiro – um depósito feito pela empresa vencedora de cada lote para garantir a execução das obras previstas no contrato.

O relatório do TCU aponta que para que as tarifas dos novos pedágios sejam significativamente menores, o deságio no leilão deverá ser bastante superior a 11,5% das tarifas básicas. De acordo com o TCU, caso esse deságio não ocorra, certamente as concessões paranaenses “permanecerão com o status quo de serem as mais caras entre as rodovias federais, ao longo de mais 30 anos”. O custo da viagem entre Curitiba e Londrina, por exemplo, pode ficar 35% mais caro que os pedágios antigos, segundo o órgão.

Falhas

Além do pedido de suspensão da concessão foi entregue o estudo técnico feito pelo ITTI, da UTFPR, em que pesquisadores comprovaram falhas graves no processo de concessão do pedágio, como duplicidade de obras, falta de projetos estruturais e tarifas mais caras que as atuais em pouco tempo, o que comprometeria a competitividade econômica.

Na semana passada, a Frente Parlamentar sobre o Pedágio protocolou o pedido de suspensão de licitação para os lotes I e II, autorizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

FONTE/CRÉDITOS: Bem Paraná

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