O clássico hambúrguer sabe bem como manter a fama por longos séculos. A origem da iguaria é atribuída aos tártaros, que, ainda no século 12, descobriram a primeira “receita” da carne. A técnica deles, que nada tinha a ver com rituais festivos de final de semana, era moer a proteína dura e de má qualidade para torná-la mais digerível e transformá-la em prato principal durante as viagens de guerra.
Em meio ao intercâmbio cultural da época, o povo tártaro apresentou a técnica para os hamburgueses, da Alemanha – que, como se pode imaginar, ficaram com a fama de precursores do sanduíche. Após longas décadas, no século 19, esses mesmos alemães começaram a colocar o pedaço de carne moída entre dois pães, formando o “hamburg steak”. Por conta da facilidade de poder comer sem talheres e do baixo custo do alimento, o prato foi adotado por marinheiros que estavam em longas viagens em alto mar.
Foi por meio deles que a receita chegou aos Estados Unidos e realmente iniciou seu processo de popularização mundial. A partir do início do século 20, as massas de trabalhadores americanos necessitavam de algum tipo de alimento rápido, prático e barato para acompanharem a explosão industrial no país. De certa forma, o hambúrguer se encaixou perfeitamente. Era uma comida rústica, mas muito flexível e saborosa para as necessidades do momento.
Em 1921, surgiu finalmente a primeira hamburgueria do país norte-americano, batizada de White Castle – hoje, uma cadeira de restaurantes fast-food com presença em 337 pontos dos Estados Unidos. O hambúrguer cozido no vapor e repleto de cebola talvez não fosse o prato mais apetitoso – ainda mais considerando as opções do mundo moderno – mas, na época, seu destaque era o preço: custava apenas US$ 0,05.
Desde então, o hambúrguer explodiu no gosto popular e deixou de ser considerado uma comida barata e de pouco glamour. Segundo dados levantados em 2020 pelo Codex Fórum Internacional de Alimentação, ele é, atualmente, um dos pratos mais difundidos no Brasil. Em 2019, foram feitos 26 milhões de pedidos de hambúrguer pelo iFood, contra 21 milhões de pedidos de pizzas.
Com carnes de qualidade e diversos acompanhamentos, os lanches de hambúrguer se gourmetizaram – e, claro, começaram a custar muito mais do que US$ 0,05. Surgiram opções mais refinadas e com ingredientes nobres, como kobe beef e queijo gruyère. Outras versões, por sua vez, possuem o preço mais elevado por conta da quantidade: não é raro encontrar lanches com quatro hambúrgueres, diversos tipos de queijo e um mar de bacon. Um verdadeiro desafio para quem consegue devorar tudo.
Nesse Dia do Hambúrguer, a Forbes Brasil listou algumas das opções mais caras e diferentes do sanduíche no Brasil. De São Paulo a Gramado, no Rio Grande do Sul, há opções para todos os gostos e apetites – até para veganos.
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