O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (30) valendo R$ 4,79, com forte recuo de R$ 0,057 (-1,19%). Já o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, registrou leve queda, de 0,25% fechando o pregão aos 118.087. As movimentações indicam que o mercado praticamente ignorou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por outro lado, os indicadores econômicos revelam otimismo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A moeda norte-americana fechou junho com recuo de 5,58%. No semestre, o dólar acumulou queda de 9,28%, a maior redução para os seis primeiros meses do ano desde 2016.
Assim, o real se valorizou devido ao aumento da entrada de dólares no país. Investidores e empresários consideraram positiva a apresentação do novo marco fiscal, que pode ser aprovado definitivamente pelo Congresso nesta semana. Na sequência, o governo volta suas atenções para a aprovação da reforma tributária, que deve melhorar o ambiente econômico, além de ampliar a arrecadação.
Inflação, emprego e crescimento
Desse modo, a depreciação da moeda norte-americana também contribui para o alívio da inflação. Nesta semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a “prévia” da inflação oficial, ficou em 0,04% em junho, menor índice desde setembro de 2022.
Outra boa notícia ficou por conta do mercado de trabalho. A taxa de desemprego calculada pelo IBGE recuou para 8,3% no trimestre encerrado em maio, na menor taxa desde 2015. Estimado em R$ 2.901, o rendimento médio ficou estável no trimestre e cresceu 6,6% em 12 meses.
Além disso, no início da semana, o Boletim Focus publicado pelo Banco Central (BC) mostrou que o mercado financeiro aumentou para 2,18% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto para este ano. Nesse sentido, os sinais positivos vindos do governo e do mercado ampliam a pressão para a redução das taxas de juros.
A Selic fixada em 13,75% é atualmente o principal entrave para um crescimento econômico ainda maior. Dessa maneira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que espera “cortes consistentes” de juros já partir de agosto, quando ocorre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
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