47,3% dos reajustes salariais ficaram abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em julho, segundo o Dieese. Acima foram 31,8% e iguais, 20,8%. Eis a íntegra dos dados (199KB).
A variação salarial do mês passado continua negativa, assim como nos últimos 15 meses, registrada em -1,10%. Mesmo os salários que foram reajustados continuam abaixo da inflação.
Considerando só os reajustes com ganhos acima do INPC, a variação real em julho foi de 0,39%. Levando em conta só resultados abaixo desse índice, a variação real foi de -2,57%.
O Dieese afirmou que trabalhadores cujos salários tiveram os menores reajustes no acumulado do ano até julho foram do setor de serviços. Foram 52,6% abaixo do INPC.
Reajustes iguais ou superiores ao índice inflacionário foram mais frequentes no comércio, com 69,6%. Na indústria, o percentual chegou a 65%.
No Centro-Oeste, só 32% tiveram reajuste igual ou acima do INPC. Já no Sul, foram 74,6%. O Sudeste teve 55,1% dos salários reajustados com porcentagens iguais ou superiores à inflação do mesmo período (de janeiro a julho de 2022).
A deflação de 0,6% registrada para o INPC em julho impactou na porcentagem do reajuste necessário para “zerar” a inflação, ou seja, quanto os pagamentos devem aumentar para que fiquem equiparados com a alta de preços. No mês passado, o índice estava em 11,92%, em agosto, caiu para 10,12%.
Comentários: