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Em mês seco e quente, incêndios ambientais quadruplicam no Paraná

Historicamente, o mês de julho já costuma marcar o início da ‘temporada de fogo’ no estado

Em mês seco e quente, incêndios ambientais quadruplicam no Paraná
Bem Paraná
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Com um tempo seco e uma média de temperatura mais alta do que a média histórica na maior parte do estado, o Paraná registrou no mês passado um verdadeiro salto nos casos de incêndio ambiental. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, em julho houve 1.008 ocorrências em todo o estado, o que aponta para um aumento de 318,3% na comparação com junho, quando os bombeiros atenderam 241 situações desse tipo.

Historicamente, o mês de julho já costuma marcar o início da ‘temporada de fogo’ no estado. Entre 2017 e 2021, por exemplo, o sétimo mês do ano concentrou 16,4% dos incêndios ambientais. Apenas o mês de agosto (com 18,3%) concentra um registro maior de ocorrências, sendo que o mês de setembro ainda representa 15,8% dos registros.

Ou seja, o terceiro trimestre do ano costuma concentrar 50,5% dos incêndios ambientais no Paraná.

A tendência de o mês de agosto ter mais registros que o de julho, inclusive, permanece em 2022. No mês passado, a média diária de ocorrências no estado foi de 33. Já neste mês, os bombeiros haviam registrado 113 ocorrências até às 18 horas de ontem, o que dá uma média de 38 registros por dia, aproximadamente.

Desde o início do ano, 2.950 casos de incêndio ambiental já foram registrados no Paraná, com média de 14 ocorrências diárias. Embora o número seja expressivo, verifica-se uma importante queda na comparação com anos anteriores. Em 2021 e 2020, haviam sido registradas, entre janeiro e julho, 5.912 e 6.353 ocorrências de incêndio ambiental no estado, respectivamente.

Bloqueios atmosféricos interferem e não deixam chuva e frio chegarem ao Estado

O mês de julho deste ano foi de pouca chuva e temperaturas mais altas na maior parte do Paraná, muito em função da atuação de dois bloqueios atmosféricos (condição meteorológica que dificulta o avanço de sistemas frontais).

Em várias cidades foi o mês de julho mais quente desde a instalação das estações meteorológicas (Curitiba, Guarapuava e Pato Branco, por exemplo). A menor temperatura do mês ocorreu em General Carneiro: -1,8°C no dia 1º de julho. A temperatura em Loanda alcançou os 33,7°C (25 de julho).

Em Curitiba, a média de temperatura chegou a ficar entre 2 a 3 graus mais alta que a média histórica.

Sobre os bloqueios atmosféricos, o primeiro atuou nos primeiros 10 dias do mês, e o outro entre os dias 20 e 28 de julho. Houve deslocamento de alguns sistemas frontais (entre 11 e 12 de julho, entre 16 e 17 de julho e no dia 29 de julho), mas a maioria provocou chuvas pouco expressivas.

Ao longo do mês choveu mais no sudoeste e no centro-sul, mas mesmo assim houve déficit de precipitação em relação às médias históricas. Em Palmas choveu 84,2 mm. Em Londrina foram apenas 1,4 mm.

Previsão

A partir desta quinta-feira (4), a instabilidade atmosférica aumenta no Paraná, devido ao avanço de uma nova frente fria. Chuvas já são esperadas no período da manhã entre o oeste, sudoeste e sul paranaense, onde também são eperadas temperaturas mais amenas.

Nas demais regiões, será mais um dia de bastante calor. Conforme o sistema frontal desloca-se sobre o Estado, há possibilidade de chuvas ocasionais e rápidas. No norte pioneiro, é baixa a expectativa para precipitações.

Em Curitiba a chuva deve chegar apenas entre o fim da noite de sexta-feira (5) e a madrugada de sábado (6). As temperaturas caem bruscamente a partir de sábado.

FONTE/CRÉDITOS: Bem Paraná
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