O percentual de endividados bateu um novo recorde em abril deste ano, ao atingir 28,6% do total das famílias brasileiras. O índice é 0,8% maior do que o registrado em março e 4,3% a mais do que abril do ano passado. A piora intensificou-se nos últimos três meses.
Os dados foram divulgados por um relatório da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, nesta segunda-feira 2.
Outro recorde no mês de abril, segundo a pesquisa, é o de 77,7% de famílias com dívidas a vencer, como em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa. Há um ano, esse índice era 10% menor, em 67,5%.
O levantamento observa a inflação alta de 11,3% como a principal causa para a elevação das necessidades de crédito para recomposição da renda.
O cartão de crédito é o tipo de dívida mais procurado, ainda que ofereça os custos mais elevados, com 88,8% dessas famílias.
O Brasil também tem 10,9% de famílias que se declaram como inadimplentes, sem condições de pagar as suas contas ou com dívidas em atraso que permanecerão sem quitação. O percentual é 0,1% maior do que o mês anterior, 0,5% maior que em abril de 2021, e o maior desde dezembro de 2020.
A proporção de famílias que se declaram como “muito endividadas” cresceu para 17,8%, o maior percentual desde o início da série histórica, atrás apenas de julho de 2011. Em março, o índice era de 17,6%, e, em abril de 2021, 14,4%.
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