A frota de veículos do Paraná está envelhecendo. É o que mostram dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), os quais revelam que nos últimos 10 anos o número de veículos com menos de cinco anos de fabricação caiu quase um terço no estado, enquanto a frota com mais de 10 anos dobrou.
O levantamento, feito com base nas informações do Anuário Estatístico do Detran-PR, aponta que até 2011 a frota de veículos com 0 a 5 anos de fabricação manteve uma tendência de crescimento no estado, chegando a representar mais de um terço da frota (35,2%). Desde então, contudo, a frota foi envelhecendo e a renovação não aconteceu no mesmo ritmo, tanto que no ano passado o número de veículos com menos de cinco anos representava apenas 15,8% do total.
Em 2011, por exemplo, a frota paranaense somava 5,4 milhões de veículos, dos quais 1,9 milhão eram unidades fabricadas nos cinco anos anteriores. Já no ano passado, quando a frota bateu a marca de 7,9 milhões, o número de veículos com menos de meia década havia caído para 1,25 milhão. Quase 664 mil unidades a menos do que dez anos antes.
Por outro lado, os veículos com mais de 10 anos de fabricação chegaram a representar no começo da década passada menos de 47% das unidades circulando pelo estado. Hoje, representam 63,2%. E em número absoluto, a quantidade de veículos mais velhos nas ruas praticamente dobrou, passando de 2,55 milhões para 4,99 milhões – um acréscimo de 2,44 milhões.
Ainda que esse envelhecimento venha acontecendo de maneira consecutiva ao longo da última década, é principalmente a partir de 2016 que esse movimento se intensifica, num reflexo direto da crise econômica que havia assolado o país nos anos anteriores. E os impactos disso tudo acabam sendo sentidos, direta ou indiretamente, por toda a sociedade.
Segundo Marcelo Martini, gerente de Vendas do Aftermarket da FUCHS (fabricante independente de lubrificantes e produtos relacionados), longo prazo o envelhecimento da frota pode resultar em problemas ambientais e de segurança exponenciados. Isso acontece porque veículos mais antigos, de um modo geral, não contam com o pacote de segurança solicitado pela legislação atual (como airbags, freios ABS, entre outros), além de tenderem a consumir mais combustível e, consequentemente, emitir mais poluentes na atmosfera.
“É essencial que os proprietários executem a manutenção preventiva dos automóveis dentro dos prazos estipulados para cada modelo e idade, a fim de reduzir os riscos à segurança e ao meio ambiente”, alerta Martini.
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