GRÊMIO
Depois de quatro anos, o Grêmio está de volta à fase de grupos da Conmebol Libertadores. Sob o comando do técnico Renato Portaluppi, o Tricolor inicia a campanha pelo quarto título da competição no Grupo C e vai enfrentar Estudiantes, da Argentina, The Strongest, da Bolívia e Huachipato, do Chile.
A presença de Renato Portaluppi na beira do gramado não deixa de ser um trunfo para os gaúchos. É o treinador que mais venceu jogos na história da competição, com 50 vitórias. Além disso, tem Geromel e Kannemann no elenco, campeões em 2017.
Nesta primeira fase, o Grêmio terá pela frente um dos grandes da Argentina, que tem na bagagem quatro títulos de Libertadores, e velho conhecido. Terá também que enfrentar a altitude de La Paz logo na estreia. Para fechar, reencontra Huachipato, adversário em 2013.
- Pegamos o campeão boliviano, o campeão chileno e o Estudiantes, que é um clássico com o Grêmio desde 1983, com aquela batalha de La Plata. Serão jogos emocionantes e esperamos fazer uma boa fase de grupos para classificar bem - analisou Alberto Guerra, presidente do Grêmio.
Estudiantes (Argentina)
O primeiro adversário conhecido pelo Grêmio é um dos principais campeões da Libertadores, com quatro títulos - o último em 2009. Comandado por Eduardo Dominguez, o Estudiantes tem como principal destaque o meia Enzo Pérez, que retornou ao clube neste ano, após deixar o River Plate. O time de La Plata é terceiro colocado do Grupo B do Campeonato Argentino.
Em 1983, ano do primeiro título de Libertadores do Grêmio, os dois times fizeram a Batalha de La Plata, quando o Tricolor saiu na frente, mas empatou em 3 a 3 com o Estudiantes no último jogo do triangular da semifinal. O resultado levou os gaúchos para a final e, posteriormente, título inédito.
Time base: Matías Mansilla; Eros Mancuso, Fede Fernández, Zaid Romero e Eric Mez; Santiago Ascacíbar, Enzo Perez, José Sosa e Javier Altamirano; Edwuin Cetré e Javier Correa.
Retrospecto: São 10 duelos entre Grêmio x Estudiantes na história. São cinco vitórias gremistas, dois empates e duas vitórias dos argentinos.
Estádio: Estadio Jorge Luis Hirschi, La Plata (30 mil)
Destaque: Enzo Pérez
The Strongest
O rival boliviano traz um adversário a mais: a altitudade de 3.650 metros de La Paz. O The Strongest já venceu a liga nacional 28 vezes. Comandado pelo argentino Pablo Lavallén, tem como destaques da equipe o camisa 10 colombiano Michael Ortega e o atacante argentino Enrique Triverio, que jogou contra o Tricolor em 2016 pelo Toluca. No ano passado, o Strongest venceu o Fluminense (campeão da edição) na Bolívia.
Time base: Guilhermo Viscarra; Ronald Bustos, Maximiliano Caire, Adrián Justino e Daniel Lino; Daniel Rojas, Diego Wayar e Michael Ortega; Jaime Arrascaita, Joel Amoroso e Enrique Triverio
Retrospecto: The Strongest e Grêmio nunca se enfrentaram na história.
Estádio: Estádio Hernando Siles, La Paz (40 mil)
Destaque: Michael Ortega
Huachipato
O Grêmio vai reencontrar um adversário que enfrentou apenas duas vezes, na fase de grupos desta mesma competição, em 2013. A última vez que as equipes se encontraram, protagonizaram uma confusão ao final da partida que ficou marcada pelo tombo do então técnico Vanderlei Luxemburgo, ao tentar fugir dos jogadores da equipe chilena. Logo depois, houve uma briga no gramado.
O Huachipato é o 10º colocado do Campeonato Chileno, com apenas sete pontos em cinco jogos, e já venceu a liga nacional duas vezes. A equipe é dirigida pelo técnico argentino Javier Sanguinetti.
Time base: Martín Parra; Renzo Malanca, Benjamín Gazzolo e Imanol González; Maximiliano Gutiérrez, Santiago Silva, Carlo Villanueva, Gonzalo Montes e Leandro Díaz; Maximiliano Rodríguez e Cris Martínez.
Retrospecto: Grêmio e Huachipato se enfrentaram apenas em 2013. São dois jogos, uma vitória do time chileno e um empate.
Estádio: Estádio CAP, Talcahuano, Província de Concepción (10 mil)
Destaque: Cris Martínez
A estreia do Grêmio na Libertadores está marcado para a primeira semana de abril, entre o dia 2 e 4, contra o The Strongest, em La Paz. O dia e horário ainda serão definidos.
Campeão em 2008, o Colorado disputará o torneio pela oitava vez e volta após ficar ausente no ano passado, quando chegou às semifinais da Conmebol Libertadores. Na mais recente participação pela Sul-Americana, os gaúchos caíram nas quartas de final para o Melgar, do Peru, nos pênaltis, em pleno Beira-Rio.
A logística será o principal desafio a superar. O Inter inicia a caminhada na Argentina, quando enfrenta o Belgrano em Córdoba, distante 1.448 km de Porto Alegre. O Delfin atua em Manta, litoral do Equador, que fica a 4.488 km da capital gaúcha. Já o boliviano Tomayapo está a 1.647 km.
É preciso ter cuidado. Nos preocupamos com a logística. Viagens longas, um calendário complexo com Brasileirão e Copa do Brasil. Nos prepararemos. O primeiro passo é a classificação - disse o presidente Alessandro Barcellos.
Confira a análise dos rivais:
Delfín (Equador)
Compatriota de Enner Valencia, o Delfin joga na litorânea Manta, distante 380 km de Quito. Fundado em 1989, o clube conquistou o Equatoriano em 2019 e disputa o torneio pela terceira vez. É a primeira edição que alcança a fase de grupos.
Está em 10º lugar de 16 equipes no nacional. O Delfín é comandado pelo argentino Guillermo Duró, com uma colônia de seis compatriotas, e aposta na velocidade de José Angulo, campeão da última edição da Sul-Americana pela LDU e principal jogador da equipe.
Time-base: Brian Heras; Maikel Reyes, Ignacio Gariglio, Juan Elordi e Nicolás Goitea; Cristian García, Mariano Miño, Luis Castro, Enzo Gaggis e Jostin Alman; José Angulo
Estádio: Jocay, em Manta, com capacidade para 17.834 pessoas
Destaque: José Angulo
Real Tomayapo (Bolívia)
O Tomayapo conta com o brasileiro Hallyson no grupo. O zagueiro de 30 anos foi revelado pelo J Malucelli, do Paraná e atuou no Universitario de Vinto, da Bolívia, antes de chegar ao Tomayapo em 2023. O time é comandado por Cristian Arán, auxiliar de Jorge Sampaoli no Flamengo, que conta com os irmãos Jaime e Sergio Vilamil e tem como principal jogador Matías Noble, com três gols e três assistências em seis partidas.
O adversário colorado foi fundado em 2 de fevereiro de 1999, há 25 anos. O Tomayapo alcançou a fase de grupos após despachar o Jorge Wilstermann nos pênaltis. No nacional, o clube, que subiu em 2020, está em terceiro lugar e, na última rodada, superou o The Strongest por 2 a 0.
Time-base: Álex Aranciba; Juan Pablo Rioja, Leonardo Justiniano, Hallyson e Jaime Vilamil; Matias Noble, Sergio Vilamil, Rai Lima, Vladimir Castellón e Kevin Mamani; Agustín Graneros
Estádio: IV Centenario, em Tarija (881 km de La Paz), com capacidade para 20 mil pessoas
Destaque: Matías Noble
Belgrano (Argentina)
Mais conhecido entre os principais rivais do Inter, o Belgrano passa por uma crise. Sem ganhar há quatro jogos e com apenas uma vitória na Liga, a direção demitiu o histórico treinador Guillermo Farré e não tem pressa para definir o substituto. Matías Suárez, que enfrentou os gaúchos pelo River Plate no ano passado pela Libertadores, volta a cruzar o caminho.
Se atualmente encara um momento de pressão, o Belgrano foi de onde Vegetti ganhou destaque para chamar atenção do Vasco. O clube ainda revelou Bolatti, herói da classificação da Argentina para a Copa do Mundo de 2010 e que defendeu o Colorado em 2011 e 2012.
Time-base: Nahuel Losada; Alex Ibacache, Juan Barinaga, Nicolas Meriano e Matías Moreno; Esteban Rolón, Matías Marín, Santiago Longo, Ulisses Sánchez e Lucas Passerini; Matías Suárez
Estádio: Júlio César Villagra, em Córdoba, com capacidade para 33 mil pessoas
Destaques: Santiago Longo e Matías Suárez
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