Caminhoneiros, agricultores e cerealistas do Paraguai estão se mobilizando para começar um movimento paredista pacífico no Porto Índio a partir de segunda-feira (23), caso feche o Porto de Sanga Funda e em razão de cobrança extra que está sendo feita no lado paraguaio pela empresa Algesa.
Se a greve se confirmar, o Porto Internacional de Santa Helena deverá ser atingido diretamente, pois de acordo com alguns dos organizadores do movimento, centenas de caminhões e maquinários agrícolas, além de outros veículos, impedirão a passagem tanto do Paraguai para o Brasil, como no sentido oposto.
Segundo os caminhoneiros, há algum tempo, a empresa Algesa, que atua em portos e terminais de carga do Paraguai, de iniciativa privada, tem tachado as exportações desde o país vizinho.
O que mais tem revoltado principalmente caminhoneiros, transportadores e até cerealistas é a possibilidade de fechar o Porto de Sanga Funda (Itaipuporã) ou a exigência dos caminhões carregados neste local descerem no Porto Índio, subirem até a precária sede da Algesa para depois voltar para a balsa e seguir para o porto brasileiro.
A Algesa, segundo fontes, estaria propensa a construir estruturas para regularizar o terminal portuário de Sanga Funda e também de fazer estruturas decentes no Porto Índio, o que inexiste hoje. Nem no site da Algesa, que mostra suas sedes em Cidade del Este, Salto del Guairá e Encarnacion, consta o Porto Índio como um de seus locais de atuação.
O pedido dos que reclamam e que poderão fazer eclodir o movimento paredista, é de que continue como já funciona há mais ou menos 20 anos, montem as estruturas e depois se proceda a cobrança da taxação extra, mesmo que esta parece já ter sido assimilada por exportadores.
Circula entre caminhoneiros e cerealistas, um diálogo convocatório para a greve a partir da segunda-feira, caso se concretize o fechamento do porto em Sanga Funda. Ao que tudo indica, o movimento está encorpando e é nítida a possibilidade de trancar o comércio entre Brasil e Paraguai, via Porto Índio e Porto Internacional de Santa Helena.
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