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Inflação acelera em junho, puxada por alimentos, e vai a 11,89% em 12 meses

Os números continuam acima da meta do Banco Central para a inflação neste ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual

Inflação acelera em junho, puxada por alimentos, e vai a 11,89% em 12 meses
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O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou junho em 0,67%, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 0,47%. O resultado foi puxado principalmente pelos gastos com alimentos, que têm forte peso no índice, além do custo com roupas e mensalidade do plano de saúde.

Em junho do ano passado, a inflação foi de 0,53%. Em 2022, o IPCA acumula alta de 5,49% e, nos últimos 12 meses, de 11,89%.

Os números continuam acima da meta do Banco Central para a inflação neste ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, variando entre 2% e 5%.

O resultado veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. Especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters esperavam alta de 0,7% em junho, acumulando alta de 11,9% em 12 meses.

Alimentos puxam alta

O maior impacto foi do grupo de Alimentação e Bebidas, que subiu 0,8% no mês. O destaque foi para o consumo fora do domicílio, com alta de 0,95% para refeições e 2,21% para lanches. O grupo tem, sozinho, peso de 21,26% na inflação geral.

Outros grupos subiram mais, mas os alimentos influenciam muito no IPCA porque os gastos com alimentação representam uma grande fatia do orçamento das famílias.

Outro fator que influenciou o resultado foi o aumento de 2,99% nos planos de saúde, após a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizar reajuste de 15,5% nos planos individuais. O plano de saúde teve maior impacto individual no IPCA do mês (0,10 ponto percentual.) e impulsionou a alta de 1,24% no grupo de saúde e cuidados pessoais.

Todos os grupos tiveram alta no mês. Veja abaixo a inflação dividida por grupo, segundo o IBGE:

  • Vestuário: 1,67%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,24%
  • Transportes: 0,57%
  • Artigos de residência: 0,55%
  • Despesas pessoais: 0,49%
  • Alimentação e bebidas: 0,48%
  • Habitação: 0,41%
  • Comunicação: 0,16%
  • Educação: 0,09%

Sobre o IPCA

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 31 de março e 29 de abril de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 26 de fevereiro a 30 de março de 2022 (base).

FONTE/CRÉDITOS: UOL
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