Na noite de sábado (9), o guarda municipal Marcelo Arruda, foi morto a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, que tinha como decoração o tema do (PT) Partido dos Trabalhadores.
O que era para ser uma festa de aniversário, se tornou cenário de uma tragédia, em Foz do Iguaçu. Arruda é mais uma vítima da intolerância, ódio e da violência política.
Antes de ser assassinado por dois tiros pelo agente penitenciário federal bolsonarista, que o abordou no estacionamento, Arruda, membro da Guarda Municipal há 28 anos, tentou se defender com a arma que tinha em seu carro, mas acabou sendo atingido por dois tiros, segundo a Polícia.
Mesmo diante dos ferimentos, Arruda conseguiu revidar e ferir o outro atirador com um tiro na cabeça, evitando, como anunciado pelo bolsonarista, uma chacina. O episódio mostra o clima de intolerância política que vem em uma escalada crescente no país desde 2018, quando um professor foi morto em Salvador (BA) após ter declarado que votou no PT nas eleições presidenciais.
Diante dos fatos, o PT se mostrou preocupado com o cenário político que estamos vivenciando, muitos representantes do partido foram às redes sociais falar sobre a injustiça e a tensão nas eleições deste ano, visto que só começa oficialmente em agosto.
Após repercussão da tragédia, o PT se pronunciou e lamentou o ocorrido. “Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência, e alertamos ao Tribunal Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, declarou o partido.
Ainda em nota o partido destacou que desde o início do ano, vem alertando a sociedade brasileira e as autoridades dos vários Poderes da República para a escalada de perseguição a parlamentares, filiados e filiadas, militantes de movimentos sociais e de outros partidos de esquerda e o crescimento da violência política no país.
Conforme publicado na Folha de S.Paulo, o conselho político da pré-campanha do ex-presidente Lula se reúne nesta manhã de segunda-feira (11) em São Paulo, para sugerir ao conselho político que encaminhe pedido de ajuda a órgãos como CNJ (Conselho Nacional de Justiça), OAB (Ordem de Advogados do Brasil), CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e o próprio STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com a recomendação, é uma tentativa de coibir ameaças à integridade física de Lula e militantes, além de garantir o transcurso das eleições.
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