Uma situação que a maioria dos tutores de animais procuram evitar é que seus bichinhos de estimação fujam de casa. Quando isso acontece é um transtorno generalizado, inclusive para quem encontra esses pets e não sabe como fazer para levá-los de volta para suas famílias. A coordenadora de Defesa e Proteção Animal de Toledo, Júlia Heiss, aponta uma solução muito simples para evitar esse problema: realizar a microchipagem. Esse é um procedimento realizado pelo município para alguns casos específicos, mas que pode ser adotado por todos.
O microchip é como se fosse um RG do animal, facilitando sua identificação nos casos de fuga. Toledo tem mais de 700 animais microchipados. A microchipagem é feita quando o animal é castrado pelo município, mas também pode ser feito em uma clínica particular. O serviço é realizado por um profissional, médico veterinário, e os valores variam de acordo com cada clínica.
“Não se trata de um GPS, mas de um nano chip bem pequenininho que tem um número. Com esse número, quando a gente passa o leitor, conseguimos identificar na nossa tabela quem é o tutor responsável desse animal. Isso já nos ajuda muito. Semana retrasada, por exemplo, uma pessoa encontrou uma cadela atropelada na rodovia, vindo de Cascavel. A cachorra era castrada, quando passamos o leitor do microchip apontou um número e verificamos que o animal não era de Toledo, mas de Cascavel, com isso entramos em contato com a Secretaria de lá e eles conseguiram identificar quem é tutor, em seguida fazer todos os trâmites legais”, exemplificou Júlia.
Uma das principais funcionalidades, segundo a coordenadora, é possibilitar a identificação de quem está realizando o abandono dos animais. “Desta forma podemos responsabilizar o tutor pelo animal que está na rua, além de vários outros benefícios, como o auxílio no controle populacional. Conseguimos controlar também os cães comunitários, verificar se já são castrados ou não. Isso facilita bastante o nosso trabalho”, reforça Júlia.
Ela garante que esse não é um procedimento doloroso, pois o microchip é do tamanho de um grão de arroz e implantado na região da nuca (local de fácil leitura). “Eles nem sentem esse procedimento”, afirma.
Segundo o secretário do Meio Ambiente, Júnior Henrique Pinto, houve um incremento na política pública que trata da defesa e proteção animal com o acréscimo desse serviço, que passou a ser implementado em setembro de 2022. “Desde então, temos conseguido microchipar cerca de 80 animais todos os meses, ampliando significativamente a qualidade do serviço público e também o controle dos animais, com o intuito de diminuir os casos de abandono no município”, pontuou o secretário.
Como ter acesso
Atualmente o município faz a microchipagem para os animais que estão participando do Programa de Castração, mas existem clínicas privadas que também realizam a microchipagem. Para ter acesso ao Programa de Castração precisa ter o Cadastro Único (Cadúnico), conforme estabelecido em Lei. Mais informações podem ser obtidas na Coordenação de Defesa e Proteção Animal, por meio do telefone (45) 3196-2305.