Uma mega operação de fiscalização resgatou ao menos 337 trabalhadores em situação análoga à escravidão. Entre as vítimas, há cinco crianças e adolescentes e seis trabalhadoras domésticas.
A ‘Operação Resgate 2’ foi deflagrada no dia 4 de julho e envolveu mais de 100 auditores fiscais da Inspeção do Trabalho, 44 procuradores do Ministério Público do Trabalho, dez procuradores do Ministério Público Federal, 150 agentes da Polícia Federal, 80 da Polícia Rodoviária Federal e 12 defensores da Defensoria Pública da União. A ação é considerada a maior do País em número de agentes envolvidos.
Ao todo, foram 105 ações de fiscalização, realizadas em pelo menos 65 municípios e 23 estados. Goiás desponta como a localidade com o maior número de resgatados, 91 trabalhadores, seguido por de Minas Gerais, 78, Acre, 37, e Rondônia, 27.
Os trabalhadores foram resgatados ainda na Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. As ações de fiscalização não aconteceram nos estados do Amapá, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.
Entre os resgatados, 77 trabalhadores atuavam no cultivo de café; outros 77 foram encontrados na colheita de palha de milho, utilizada na alimentação do gado, na produção de etanol e na confecção de cigarros; na criação de bovinos para corte, foram flagradas 49 pessoas escravizadas.
Além da aplicação de mais de 700 autos de infração pelos auditores ficais do trabalho, ficou determinado que os empregadores envolvidos terão de pagar 3,82 milhões de reais em verbas rescisórias e direitos devidos aos trabalhadores, que também vão receber três parcelas de um salário mínimo do seguro-desemprego especial para resgatados da escravidão.
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