O Ministério da Saúde estuda fornecer a terceira dose da vacina contra a Covid-19 para idosos já a partir de setembro. Com a medida, a vacinação de adolescentes deve ser postergada, A informação foi confirmada nesta quinta-feira pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo. A avaliação, baseada na redução da imunidade dos idosos ao longo de seis meses, pode ajudar a barrar a disseminação da variante Delta, que encontra uma população vulnerável nesse grupo.
— No nosso levantamento, a maioria dos idosos vai dar seis meses a partir desse tempo (setembro). Então, teria toda essa programação, mas a gente não bateu o martelo — disse a oncologista.
A pasta, contudo, ainda não detalha os planos, como qual imunizante será utilizado. A declaração da médica representa uma guinada no posicionamento do ministério, que informava até a última quinta-feira que aguardaria o resultado de estudos para tomar uma decisão.
— Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista — afirmou o ministro Marcelo Queiroga em entrevista à imprensa.
O ministério encomendou uma pesquisa, realizada em parceria com a Universidade de Oxford, que avalia a eficácia e o mix de vacinas com aplicação de terceira doses em pessoas que receberam CoronaVac. Ao todo, são 1.200 voluntários, que se dividirão em quatro grupos. Cada um tomará CoronaVac, Pfizer, Janssen ou AstraZeneca.