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Cerca de duas semanas após o Ministério da Saúde prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe, abrindo ainda a possibilidade para toda a população se imunizar, os postos de saúde no Paraná acumulam quase 1,5 milhão de doses paradas. Ao todo, 4.512.000 de unidades foram distribuídas para o estado pelo governo federal, mas até ontem apenas 3.034.279 foram aplicadas. Ou seja, praticamente um terço das vacinas distribuídas ainda não foram utilizadas pelos paranaenses.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe teve início neste ano no dia 4 de abril e a previsão inicial é que durasse dois meses, se encerrando no dia 3 de junho. Entretanto, como as coberturas vacinais entre os grupos prioritários seguiram baixas, a solução foi prorrogar a campanha até o dia 24 de junho. Já a partir do dia 25 de junho os estados e municípios puderam ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população a partir de 6 meses de idade, enquanto tiverem doses disponíveis.

A mobilização busca prevenir complicações decorrentes da doença e diminuir óbitos e pressão sobre o sistema de saúde. Para receber a vacina da gripe, basta ir a qualquer posto de vacinação, sendo que só em Curitiba há 107 unidades que estão fazendo a aplicação do imunizante.

Procura por imunizante está abaixo do esperado

Segundo dados do LocalizaSUS, plataforma de prestação de contas do Ministério da Saúde, no Paraná o público-alvo da vacinação contra a gripe é de 4.387.469 pessoas. E mesmo após a ampliação do escopo da campanha, com toda a população podendo ir se vacinar, até aqui apenas 3.003.845 paranaenses foram vacinados. Isso equivale a 68,5% do público-alvo e 25,9% da população paranaense.

Considerando os grupos prioritários, aquele com maior cobertura no Paraná até agora é o de povos indígenas, com 82,3%, seguido por trabalhadores de saúde (67,9%), idosos (67,8%), professores (55,4%), crianças (52,8%), puérpuras (35,8%) e gestantes (44,8%). A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90% de cobertura vacinal para esses grupos.

A vacima atualizada contra a gripe protege contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B. No começo deste ano, inclusive, foi declarada epidemia de H3N2 no estado após um aumento no número de diagnósticos e mortes em decorrência do vírus. “ A aplicação da vacina é a principal medida de combate ao vírus. A gripe é um problema a ser enfrentado de maneira coletiva, e sem a imunização da maioria absoluta da população, os casos de Influenza podem aumentar”, alerta o secretário de Estado da Saúde, César Neves.