O parecer do Ministério Público Eleitoral deixa o senador Sergio Moro (União) um passo mais perto da cassação. Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado afirmaram que os gastos feitos na pré-campanha de Sergio Moro à Presidência da República antes da mudança para a disputa do Senado de fato desequilibraram a eleição no Paraná. O processo que pede a cassação de Moro deve ser julgado no dia 22, próxima sexta-feira.
Em 2022, antes de acabar sendo candidato ao Senado pelo Paraná, Moro tentou em placar uma campanha presidencial. Na época, o ex-juiz estava no Podemos, que começou a fazer gastos de pré-campanha. No total, foram investidos R$ 2 milhões para tentar cacifar Moro nacionalmente. Para a Procuradoria Eleitoral, esses gastos estouram o limite previsto para a campanha do Senado e configuram abuso de poder econômico.
Depois de desistir da disputa em Brasília, Moro trocou o Podemos pelo União Brasil e tentou se eleger em São Paulo. No entanto, em uma derrota judicial, não teve seu domicílio eleitoral reconhecido em São Paulo e precisou voltar ao Paraná, onde fez uma campanha acirrada contra seu ex-padrinho político Alvaro Dias (Podemos) e o candidato do bolsonarismo, Paulo Martins (PL).
Moro nega que a pré-campanha presidencial tenha lhe dado votos no Paraná e diz que o recurso contra sua eleição é “choro de perdedores”. Caso seu mandato seja cassado, porém, o Paraná deve ter novas eleições para o Senado no ano que vem – a expectativa é de que a votação ocorra junto com a eleição municipal, em outubro.
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