A proposta do governo federal para vender passagem aérea a R$ 200, conhecida como “Voa Brasil“, terá início em agosto. No 2º semestre, deve operar como projeto-piloto. O programa foi anunciado em 13 de março pelo ministro Marcio França, dos Portos e Aeroportos.
A modelagem está em fase final dentro do Ministérios dos Portos e Aeroportos. O primeiro grupo selecionado para o teste deve ser o de aposentados que recebem até 2 salários mínimos.
Com esse recorte, a ideia é que os sites de venda de passagens tenham uma área dedicada a esse público. Serão oferecidas passagens a preços promocionais em horários e datas com menor procura.
A ideia é ampliar a taxa de ocupação das aeronaves. A taxa média é próxima de 20%.
“Aposentado parece um bom filtro [para os preços promocionais]. Tem mais tempo, pode pegar as baixas temporadas. A ideia é começar um piloto no 2º semestre e abrir uma área específica para essas passagens [nos sites]“, disse Juliano Noman, secretário de Aviação Civil.
Inspiração: gasolina e diesel
Em paralelo, o Ministério dos Portos e Aeroportos e a Petrobras negociam uma mudança para reduzir o preço do QAV (querosene de aviação). Uma das principais hipóteses é aplicar a “paridade de preço de exportação”, de acordo com Noman.
“Você pega o produto, vê quanto custa aqui e qual o preço para exportar. Esse valor pode ser usado internamente. Calculamos queda de 15% a 20% no preço“, disse.
É uma inspiração no fim do PPI (Paridade do Preço Internacional), que a estatal decretou para a gasolina e o diesel. Há a expectativa de que algo semelhante seja feito nas próximas semanas.
“Tudo que auxiliar na redução de custo, ajuda. Eliminação do PIS Cofins das aéreas ajudou também“, disse Malfitani.