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População do Paraná cresce, mas número de pessoas com menos de 30 anos encolhe

Os dados foram divulgados pelo (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

População do Paraná cresce, mas número de pessoas com menos de 30 anos encolhe
Agência Brasil
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A população do Paraná está mais velha. Entre 2012 e 2021, o número de paranaenses abaixo de 30 anos de idade caiu 3,7%, enquanto houve aumento em todos os grupos acima dessa faixa etária no período. Com isso, as pessoas de 30 anos ou mais passaram a representar 57% da população total em 2021, sendo que esse porcentual era de 52,1% em 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características Gerais dos Moradores.

Os dados, divulgados na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estimam que o Paraná tenha alcançado a marca de 11,584 milhões de habitantes em 2021, o que significa um aumento de 7,2% ante 2012. Nesse período, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,8% para 14,4%. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 1,28 milhão para 1,66 milhão, crescendo 30%.

Por outro lado, o número de pessoas abaixo de 30 anos no estado passou de 5,18 milhões há 10 anos para 4,97 milhões no ano passado. Entre os diferentes grupos etários, a população entre 0 e 4 anos registrou crescimento (de 5,2%), mas todas as outras caíram, com especial destaque para a faixa entre 14 a 17 anos (com redução de 13,7%), de 20 a 24 anos (-10,4%) e de 18 a 19 anos (-8,9%).

Analista da pesquisa, Gustavo Fontes explica que as estimativas de sexo e classes de idade, por ser alinhada com as Projeções Populacionais, ainda não incorporam os efeitos da pandemia, como a queda no número de nascimentos e o aumento dos óbitos. “Com os resultados do Censo 2022, esses parâmetros serão atualizados”, diz. A coleta do Censo começa no dia 1º de agosto.

O estudo também aponta a razão de dependência demográfica da população paranaense, medida que ajuda a compreender o peso do segmento etário considerado economicamente dependente sobre o grupo potencialmente ativo. A razão de dependência pode ser separada em dois grupos etários considerados dependentes economicamente: o de crianças e adolescentes (de 0 a 14 anos) e o das pessoas de 65 anos ou mais de idade.

Com o envelhecimento da população paranaense, os resultados desse indicador vêm mudando nos últimos anos. A razão de dependência de jovens passou de 30 crianças e adolescentes por 100 pessoas em idade potencialmente ativas, em 2012, para 27,3, em 2021. Já a razão de dependência dos idosos aumentou de 12,1 para 13,8 no mesmo período.

“É uma mudança na estrutura etária da população brasileira, que reflete a queda no número de jovens e o aumento de idosos. Esse indicador revela a carga econômica desses grupos sobre a população com maior potencial de exercer atividades laborais. Sabemos que há idosos ativos no mercado de trabalho, além de pessoas em idade de trabalhar que estão fora da força. Mas o indicador é importante para sinalizar a potencial necessidade de redirecionamento de políticas públicas, inclusive relativas a previdência social e saúde”, avalia Fontes.

Cresce a participação das pessoas pretas e pardas na população

A pesquisa do IBGE revela ainda que a participação da população que se declara branca, embora ainda seja majoritária, caiu entre 2012 e 2021 no Paraná, passando de 70% para 65,5%. No mesmo período, houve crescimento da participação das pessoas autodeclaradas pretas (de 3,1% para 3,7%) e pardas (de 25,7% para 29,8%).

No período analisado, a população preta foi a que mais cresceu em números absolutos, alcançando 424 mil e com alta de 25,4%. A população parda, por sua vez, cresceu 24,4%, chegando a 3,45 milhões. Nos dois casos, o aumento foi superior ao da população total do estado (7,2%). Já a população branca ficou estável, com 7,59 milhões em 2021 e crescimento de apenas 0,37% desde 2012.

Número de daquelas que moram sozinhas cresce 36% no período

Em 2021, havia 4 milhões de domicílios particulares permanentes no país, contra 3,51 milhões em 2012. Nesses domicílios, o arranjo mais frequente era o nuclear, estrutura composta por um único núcleo, seja formado por um casal com ou sem filhos ou enteados ou pelas chamadas famílias monoparentais, quando somente a mãe ou o pai criam os filhos, sem a presença do outro cônjuge.

Ainda em 2021, as unidades domésticas com arranjo nuclear correspondiam a 72,8% do total, percentual próximo ao de 2012 (72,5%). Nesse período, contudo, a proporção de unidades domésticas unipessoais (com apenas um morador) passou de 11,4% para 13,6% do total. Dessa forma, se em 2012 haviam 400 mil pessoas morando sozinhas, ano passado já eram 544 mil.

FONTE/CRÉDITOS: Bem Paraná
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