É cada vez mais comum no Paraná as pessoas viverem sozinhas e de aluguel. É o que revela o módulo Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o estudo, a espécie de unidade doméstica que mais cresceu no estado na última década é a unipessoal, constituída por uma única pessoa. Além disso, nos últimos anos também caiu o número de paranaenses que moravam numa casa própria e há cada vez mais gente pagando aluguel para ter onde morar.
Em 2022, sempre de acordo com o IBGE, o Paraná possuía 4,16 milhões de domicílios. Desse total, 643 mil eram lares com apenas um morador, número que cresceu quase 61% desde 2012. Uma década atrás, 11,4% dos lares paranaenses eram unipessoais. Atualmente, esse porcentual já chega a 15,4%. Também houve avanço na proporção de lares compostos (constituídos pela pessoa responsável, com ou sem parentes, e com pelo menos uma pessoa sem parentesco – agregado, pensionista, convivente, empregado doméstico, etc) -, passando de 1,4% para 1,7%.
Ao mesmo tempo, a proporção de lares nuclares (formados por casal, com ou sem filho, ou por uma pessoa – homem ou mulher – com filho ou enteado) caiu de 72,5% para 70,2% no período analisado, enquanto a de lares estendidos (constituídos pela pessoa responsável com pelo menos um parente, que não seja filho, enteado ou cônjuge) recuou de 14,7% para 12,7%.
Já com relação à condição de ocupação dos domicílios paranaenses, a grande maioria dos lares, considerando-se tanto aqueles já pagos como aqueles ainda sendo quitados, são próprios (67,8% do total). Em 2016, porém, esse porcentual era maior, de 71,4%.
Além disso, também houve aumento na proporção de pessoas vivendo em domicílios cedidos (residências “emprestadas” gratuitamente por empregador de morador, instituição ou pessoa não moradora, sendo ela parente ou não): em 2016, 8,4% dos domicílios no Paraná eram cedidos. Em 2022, esse porcentual já era de 9,1%.