O mercado automotivo brasileiro continuará com preços elevados enquanto houver a guerra na Ucrânia, falta de componentes e a inflação global.
Esta é a avaliação do analista e especialista do setor automotivo, Flavio Padovan.
Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que a situação dos chips semicondutores – utilizados em aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis – “deve durar até o segundo semestre do ano que vem.”
A situação foi agravada com “sucessivos lockdowns na China, e pela situação da Ucrânia e da Rússia, que são produtores de paladium e gás neônio, importantes para a produção.”
Ao mesmo tempo, o especialista acredita que a produção do chamado “carro popular” não deve ser retomada tão cedo.
“O que acontece é que com a crise as montadoras acabaram dirigindo a produção para os veículos de maior rentabilidade para minimizar os efeitos da crise, os populares acabaram desaparecendo do mercado”, disse.
Ele afirma que é complicado responder quando a situação poderá se inverter: “Acho difícil no curto e médio prazo, podemos minimizar, voltar a focar em produtos de valor agregado mais baixo, mas enquanto durar a guerra, tivermos inflação global e falta de componentes, é um conjunto que pressiona preços para cima.”
De acordo com Flavio Padovan, o impacto financeiro de toda essa conjuntura é “muito grande” e ainda incalculável para as montadoras brasileiras.
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