O governo quer fazer a venda das ações da Eletrobras no dia 13 de junho deste ano. Antes, o governo precisa protocolar na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o pedido de registro da oferta pública global das ações. A data prevista para isso é o dia 26 de maio.
O Poder360 teve acesso a um calendário interno do governo atualizado nesta 4ª feira (18.mai.2022), dia em que o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou o processo de desestatização.
Entretanto, o calendário está sujeito a mudanças e atrasos devido a processos judiciais que estão sendo protocolados por entidades de ativistas ligados à estatal e por congressistas. Eles pedem a paralisação do trâmite, afirmam que há ilegalidades durante o processo.
Nesta 4ª feira (18.mai), os ministros avaliaram a modelagem tanto da oferta primária de ações quanto da secundária, da União. Ambos visam à redução da participação do governo no capital social da companhia, de aproximadamente 72% para menos de 45%.
O road show, viagem ao exterior para tentar atrair investidores estrangeiros para comprar parte das ações da companhia, começaria no dia 27 de maio e terminaria em 8 de junho, segundo o calendário.
Há preocupação do governo em atrair investidores neste período devido à elevação da taxa de juros nos Estados Unidos e à coincidência com as férias de verão no hemisfério Norte, quando os mercados ficam menos aquecidos. A entrada da documentação para protocolar na SEC (Securities and Exchange Commission, espécie de CVM dos Estados Unidos) deve acontecer no dia 9 de junho.
Outra agenda no exterior, a venda dos recebidos de ações (em inglês ADRs) está marcada para o dia 10 de junho. A assembleia geral extraordinária para tratar dos contratos de concessão da Eletronorte e da Furnas está agendada para o dia 15 de junho. A outra reunião para deliberar sobre a concessão da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) deve acontecer no dia 22 de junho.
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