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Redes sociais removeram mais de 750 perfis por ameaças e estímulos a ataques em escolas, diz Flávio Dino

Segundo o governo, também ocorreram 225 prisões e apreensões nos últimos 10 dias

Redes sociais removeram mais de 750 perfis por ameaças e estímulos a ataques em escolas, diz Flávio Dino
gauchazh
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta terça-feira (18), o balanço do trabalho do governo em relação às medidas para prevenir violência nas escolas nos últimos dias. Segundo o governo, pelo menos 756 perfis de diferentes redes sociais foram removidos do ar ao longo dos últimos 10 dias. Eles estimulavam ataques violentos em escolas, como os que ocorreram recentemente

O anúncio foi feito na reunião entre os poderes da República para discutir os mais recentes ataques em instituições de ensino, realizada no Palácio do Planalto. O encontro foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dino anunciou ainda que pelo menos 225 pessoas foram presas ou apreendidas nas ações, e 694 adultos e adolescentes foram chamados para prestar depoimento em delegacias. Além disso, chegou a 1.224 o número de casos em investigação, que envolve divulgação de material criminoso ou, até, planejamentos de ataques. 

novo canal divulgado pelo Ministério da Justiça para acolher denúncias da população recebeu 7.473 registros. O ministro reforçou, a partir dos dados, a necessidade de regulamentação das redes:

— Só é possível preservar a liberdade de expressão regulando-a, para que não seja exercida de modo abusivo. Vídeos de apologia a chacinas, a violência nas escolas. Isso é liberdade de expressão? Em qual país do mundo? — questiona. 

A presidente do STF, Rosa Weber enfatizou medidas do CNJ, como a criação de um grupo multidisciplinar. O ministro Alexandre de Moraes fez um discurso centrado no combate à desinformação nas redes sociais e comparou a proliferação das informações que incitaram os episódios aos ataques de 8 de janeiro e às urnas eletrônicas.

— As redes sociais se sentem terra de ninguém, ainda se sentem terra sem lei. Precisamos regulamentar isso —  disse o ministro, que salientou manter diálogo sobre o tema com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acrescentando: — As plataformas se recusam ainda a serem responsabilizadas. Se a plataforma está ganhando dinheiro com aquilo, ela é responsável.

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo lançará ações para aumentar a segurança nas escolas do país, especialmente para a infraestrutura, formação de profissionais e implementação de apoio na saúde mental. O investimento, segundo o governo, será de mais de R$ 3 bilhões, dos quais R$ 1,097 bilhão vem do Programa Dinheiro Direto na Escola Básica, R$ 1.818 bilhão no Programa Dinheiro Direto na Escola Básico e Qualidade e R$ 200 milhões no Plano de Ações Articuladas.

— Isso (os ataques) é reflexo de uma situação que vivemos na nossa sociedade, que tem estimulado uma cultura de violência, de ódio e de intolerância — analisou Camilo Santana na reunião.

FONTE/CRÉDITOS: gauchazh
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