Trens híbridos vão começam a ser testados no Paraná. As novas locomotivas tem menor impacto ambiental, com economia de combustível e menos emissão de poluentes, e também se destacam pela redução de barulhos, fazendo com que tenham um menor impacto sonoro.
Os testes das novas composições começam já neste mês, no trecho da Ferroeste entre Cascavel e Guarapuava. Os maquinários foram apresentados pela empresa Rumo, operadora logística ferroviária que atua no Paraná, ao Governo do Estado nesta terça-feira (3), em Curitiba.
Os testes para avaliar a performance das novas locomotivas serão realizados durante seis meses. Duas locomotivas serão utilizadas para compor os trens que percorrem o trecho da Ferroeste entre Cascavel e Guarapuava e o trecho da Rumo entre Guarapuava e a estação de Desvio Ribas, no município de Ponta Grossa.
Essas serão as primeiras locomotivas híbridas a circular no país. Elas têm foco em reduzir as emissões de CO2 e contribuir para os estudos de desenvolvimento de novos maquinários nesse modelo.
“São duas locomotivas híbridas, únicas no mundo e com menos emissão de CO2, com tecnologia desenvolvida no Paraná”, afirma o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
Os modelos funcionam com um sistema Diesel-Elétrico em conjunto com um banco de baterias. A energia usada para alimentar os motores de tração pode ser proveniente de motores diesel ou de um banco de baterias. Neste caso, a energia é regenerada durante a operação do freio dinâmico ao invés de ser dissipada em forma de calor por meio de resistores de alta potência.
Para o diretor-presidente da Ferroeste, André Luís Gonçalves, a parceria entre o Governo do Estado e a Rumo é importante para o desenvolvimento logístico do Paraná.
“O que queremos é avançar no modal ferroviário e essas locomotivas, somadas a todo o investimento que vem sendo realizado pelo governo em infraestrutura e logística são, sem dúvida, o pontapé para um crescimento mais verde”, disse.
Daniel Rockenbach, vice-presidente de Operações da Rumo, indica que o novo modelo de locomotivas pode contribuir para o futuro das operações no setor ferroviário. “Com a operação na nossa malha e no trecho da Ferroeste poderemos avaliar a performance considerando as características da via e carga transportada. É um processo importante para analisar a viabilidade de ampliar o uso de locomotivas utilizando esse sistema”, explica.
Comentários: